segunda-feira, 24 de março de 2008

Ao 1º ano do Menino Jesus - EGITO

Atenção amigos do 1º ano, aqui vai um resumo sobre o Rio Nilo e algumas curiosidades sobre esse rio que é fundamental até hoje para a vida naquela região.

Um forte abraço e bons estudos.


O Nilo é um dos rios mais extensos do mundo, percorrendo 6.696km através do nordeste da África. Nasce perto da linha do Equador e corre para o norte, em direção ao Mar Mediterrâneo. Recebendo as águas das chuvas que caem nas suas nascentes, localizadas na África Equatorial e na Etiópia, o rio Nilo provocava anualmente no Egito uma inundação, entre julho e novembro, depositando sedimentos que tornavam as margens de terra extremamente férteis, muito propícias para os cultivos agrícolas. O famoso viajante grego Heródoto, que esteve no antigo país dos faraós por volta do ano 450 a.C., afirmou em sua História a célebre frase que define a importância do rio: O Egito é uma dádiva do Nilo. Embora não ocorram mais as cheias naturais devida à barragem de Aswan, construída na década de 1960, os camponeses do Egito ainda hoje cultivam o solo aproveitando as águas do rio, que se mantém vital para a economia agrícola do país.

Viajando pelo Nilo abaixo ainda podemos ver as plantações nos mesmos moldes que os antigos utilizavam.

Alguns projetos de irrigação com bombas modernas auxiliam os agricultores locais a obterem melhores resultados de suas colheitas, permitindo que a área fértil de terra seja mais bem aproveitada.

Foi aproveitamento das cheias do Nilo que determinou a ocupação do Egito por comunidades agrícolas (os nomos) desde pelo menos 6000 a.C. Já nesse momento firmaram-se as bases que por séculos acompanhariam todo o desenrolar da história egípcia antiga: prática da agricultura como eixo da vida econômica e campesinato como maior parcela da sociedade.

Das águas do Nilo também prosperam até hoje o cultivo de papiros e a olaria (fabricação de tijolos e potes de barro) que ainda são confeccionados no antigo estilo egípcio, feito a mão. Os antigos egípcios denominavam o Nilo simplesmente de o rio. Caráter sagrado era porém relacionado às cheias, consideradas como a manifestação de um deus, Hâpi. No início da inundação era a ele dedicado um festival, momento em que se entoavam nos templos interessantes hinos, glorificando a prosperidade do país oriunda das cheias. O nível das inundações era minuciosamente registrado. Para fazer isso, construíam nos templos o que hoje os egiptólogos denominam de nilômetros. Uma vez determinado o nível da cheia do rio, era possível se prever o aproveitamento das terras cultiváveis, a quantidade de cereal produzido e os impostos que sobre ele incidiriam. Uma boa colheita dependia de uma cheia adequada: muito baixa significava carestia, muito alta, devastação. Em geral o Nilo subia de 6 a 7 metros, e o ciclo de suas inundações serviu de base para o calendário egípcio. Este compunha-se de três estações com 4 meses de trinta dias cada uma, totalizando 360 dias, aos quais se adicionavam outros 5 dias complementares: Akhit, época da inundação, entre julho e novembro; Peret, a chamada (saída) ou vazante do rio, com o reaparecimento da terra cultivável do seio das águas, época de semeadura, entre novembro e março; Shemu, a colheita, que acontecia de março a junho. O ano novo ocorria no dia 19 de julho, início da inundação, correspondendo com o aparecimento no céu da estrela Sirius, chamada Seped em egípcio. Um dos mitos egípcios da criação do mundo é o da chamada (colina primordial), sem dúvida produto da mente de humildes camponeses. Segundo esse mito, nada existia no mundo a não ser uma massa de água. Dessas (águas primordiais), chamada Nun, surgiu um montículo de terra, a (colina primordial), na qual apareceu um deus, Temu, que passou a criar todas as coisas. Ora, esse mito é claramente uma observação das cheias feita pelos camponeses, um acontecimento que poderia ser visto todos os anos ao longo do vale do Nilo: depois da inundação, ao início da vazante, montículos de terra das margens, em nível superior ao das águas do rio, começavam a aflorar; nitidamente essa terra (brotava) das águas, suscitando nos camponeses a idéia que o mundo todo teria se originado da mesma maneira. Alguns deuses foram então associados ao Nilo como o deus Hapi (abaixo) e também o Deus Khum o qual acreditava-se ter moldado os seres humanos com a lama do Nilo .

Fonte: http://www.geocities.com/egyptology2000/nilo.html

sexta-feira, 14 de março de 2008

ATENÇÃO EJA e 1º ANO MATUTINO

Olá pessoal do EJA (MATUTINO) e 1º ANO, estou deixando um resumo dos conteúdos que não vimos em sala de aula, PERSAS e HEBREUS. Leiam com calma, esses conteúdos farão parte de nossa próxima aula dia 10 de abril. Um abraço!!


PERSAS

O grande império do Oriente

Os persas foram responsáveis pela construção de um dos maiores impérios da Antiguidade. Em três reinados, ampliaram seus domínios conquistando egípcios, hebreus, fenícios, assírios, neobabilônios. Apenas os gregos conseguiram barrar a expansão do Império Persa.

Para manter a unidade de seu vasto império, habitado por diferentes povos, os persas desenvolveram uma complexa estrutura política administrativa, que contou inclusive com a construção de estradas para facilitar as comunicações.

Evolução Política

Por volta de 1500 a.C., tribos indo-européias invadiram e conquistaram o planalto do Irã, situado a sudeste da Mesopotâmia. Entre essas tribos destacaram-se os medos e os persas.

O Império Persa abrangia desde vale do rio Indo, até o nordeste da Grécia, e desde o golfo Pérsico até o mar Negro, incluindo o Egito.

Ao final do século VII a.C., os medos tinham um império organizado e dominavam os persas. Mas por volta de 550 a.C., comandados por Ciro, os persas venceram a dominação dos medos e promoveram a unificação dos dois povos, formando um único império.

Através de conquistas militares, Ciro e seus sucessores, Cambises e Dário I, expandiram os domínios do Império Persa, que chegou a atingir uma extensão territorial de 5 milhões de km².

Ao tentar conquistar a Grécia, Dário foi derrotado na famosa batalha de maratona (490 a.C.), que marcou o limite máximo da expansão persa.

Xerxes, o sucessor de Dário, tentou novamente conquistar a Grécia, mas também fracassou. O império começou, então, a decair e, em 330 a.C., foi conquistado por Alexandre Magno, da Macedônia.

Organização político-administrativa

Durante o reinado de Dario I (521 – 485 a.C.), o Império Persa atingiu seu apogeu. Para cuidar de sues domínios, Dario criou uma complexa organização política-administrativa. Dividiu o império em províncias, chamadas satrapias, sendo cada uma governada por um administrador local denominado sátrapa.

Prevenindo-se contra o excesso de autoridade dos sátrapas, procurou vigiar e controlar seus poderes, designando um general de sua confiança como chefe do exército de cada satrapia.

Além disso, periodicamente, enviava altos funcionários, conhecidos como “olhos e ouvidos do rei”, a todas as províncias para fiscalizar os sátrapas.

Não havia uma capital única para o império, podendo o rei ficar em cidades como Pasárgada, Persépolis, Ecbatona ou Susa.

Buscando manter a unidade do império, os persas aperfeiçoaram os transportes e as comunicações. Grandes estradas foram construídas apara ligar as principais cidades do império, destacando-se a Estrada Real, entre Susa e Sardes. A boa condição das estradas possibilitou o desenvolvimento de um eficiente serviço de correios, com diversos postos espalhados pelo caminho.

A adoção da língua aramáica em todos os documentos oficiais foi mais uma das medidas adotadas que visava a unidade do império.

Economia

Inicialmente, a economia persa baseava-se na agricultura (centeio, trigo e cevada) e na criação de gado.

Como a expansão do império, cada região ainda exercia suas atividades costumeiras. Entretanto, a unidade política imposta e a construção de estradas, que facilitou a comunicação entre as satrapias, incentivaram o crescimento das atividades artesanais e do comércio.

Para facilitar as trocas mercantis, Dario mandou cunhar moedas (importantes sociedades do mundo antigo: egípcios, babilônicos, desenvolveram-se sem a utilização da moeda (dinheiro). As transações comerciais faziam-se pela troca direta de um produto por outro. Mais tarde, em algumas regiões estabeleceu-se o uso de certos objetos como unidade de valor para facilitar as trocas. Exemplo: boi, azóis e etc. Segundo o historiador Jean Pierre Vernant, a moeda no sentido atual (cunhada e garantida pelo estado) é uma invenção grega do século VII a.C.), de ouro (dáricos), mas a quantidade foi insuficiente. Posteriormente, permitiu-se a cunhagem de moedas de prata, cuja quantidade ainda não atendia às necessidades do comércio. Na verdade, os reis persas, em vez de cunhar moedas, preferiam acumular tesouros em metais preciosos, obtidos dos tributos arrecadados dos súditos.

Cultura

Foi no campo religioso deu a contribuição mais original dos persas. Por volta do século VI a.C., Zoroastro (ou Zaratrusta) fundou o zoroastrismo, religião cuja doutrina foi exposta no livro Zend-Avesta.

Zoroastro pregava a existência de uma incessante luta entre Ormuz, deus do bem, e Arimã, deus do mal, afirmando que somente no dia do juizo final, quando todos os homens seriam julgados por suas ações, Ormuz venceria definitivamente Arimã. Além disso, valorizava o livre-arbítrio, isto é, cada pessoa era livre para escolher entre o caminho do bem e do mal, e, conforme sua escolha, responderia pelas conseqüências no dia do juízo final.

O zoroastrismo contém uma série de princípios religiosos e morais encontrados também no cristianismo, no judaísmo e no islamismo, como as idéias de juízo final, ressurreição dos mortos, salvação do céu e condenação ao inferno.

HEBREUS

A herança cultural monoteísta

Migração, perseguição, fuga, lutas, cativeiro, dispersão fazem parte da história do povo hebreu, que conseguiu preservar sua cultura mesmo vivendo espalhado pelo mundo.

Os hebreus não construíram um império, mas transmitiram à humanidade uma importante herança: o monotéismo (crença no deus único).

Evolução política

A história política dos hebreus pode ser dividida em três grandes períodos: governo dos patriarcas, governo dos juízes e governo dos reis.

- Governo dos patriarcas

Os hebreus, povo de pastores nômades, viviam na cidade de Ur, no sul da Mesopotâmia. Organizados em comunidades tribais, eram comandados por chefes denominados patriarcas (o líder político do povo hebreu, venerado como se fosse o “pai” da comunidade.).

Conduzidos por Abraão, o primeiro patriarca, partiram de Ur e estabeleceram-se na Palestina (a terra prometida), por volta do ano de 2000 a. C..

Aí viveram quase três séculos, até que, por volta de 1750 a. C., uma terrível seca assolou a Palestina, obrigando-os a emigrar para o Egito. Lá permaneceram cerca 400 anos, sendo perseguidos e escravizados pelos faraós.

Em 1250 a. C., conduzidos por Moisés, os hebreus fugiram do Egito, rumando de volta à Palestina. Esse episódio ficou conhecido como Êxodo. De acordo com a Bíblia, na travessia do deserto do Sinai, Moisés recebeu de Deus (Iavé) a tábua dos Dez Mandamentos, firmando-se a aliança entre Iavé (deus único) e os hebreus (o “povo escolhido”).

- Governo dos Juízes

De volta à Palestina, os hebreus tiveram de lutar contra os cananeus e, posteriormente, contra os filisteus, povos que ocupavam a região.

As lutas pela reconquista da Palestina duraram quase dois séculos, período em que foram governados por juízes (chefe político, militar, religioso do povo hebreu, no período de 1200 1010 a.C.).

Embora comandassem os hebreus de forma enérgica, não contavam com uma estrutura administrativa regular. Entre os mais famosos juízes, destacasse Sansão, conhecido por sua grande força.

- Governo dos Reis (monarquia)

As lutas e os problemas sociais levaram os hebreus a adotar a monarquia, para centralizar o poder e, assim, ter mais força para enfrentar os povos inimigos, como os filisteus.

O primeiro rei hebreu foi Saul (1010 a.C.), sendo sucedido por Davi (1006 – 966 a.C.), que ficou famoso por vencer definitivamente os filisteus. Com a reconquista da Palestina, Jerusalém tornou-se a capital política e religiosa dos hebreus.

Palestina: pequena faixa de terra de aproximadamente 25 mil km², que se estende pelo valo do rio Jordão.

O sucessor de Davi, seu filho Salomão, concluiu a organização da monarquia. Em seu reinado (966 – 926 a.C.), montou uma luxuosa corte, sustentada pelos pesados impostos que cobrava do povo, e construiu o Templo de Jerusalém. Após sua morte, sucederam-se uma série de acontecimentos, destacando-se:

1. DIVISÃO DO REINO: (cisma hebráica) os elevados impostos e as rivalidades entre as tribos do norte e do sul da Palestina ocasionaram revoltas, que culminaram na divisão do povo hebreu em dois reinos. Ao norte, o Reino de Israel, com capital em Samaria; ao sul, o Reino de Judá, com capital em Jerusalém. Em 722 a.C., o reino de Israel foi conquistado pelos Assírios. Em 587 a.C., o reino de Judá foi conquistado pelos neobabilônicos.
2. CATIVEIRO DA BABILÔNIA: os neobabilônicos destruíram o Templo de Jerusalém e aprisionaram os hebreus, levando-os para Babilônia. O cativeiro durou até 538 a.C., quando os persas conquistaram a Babilônia, permitindo que os hebreus voltassem à Palestina, agora província do Império Persa. Reconstruiu, então, o Templo de Jerusalém.

3. DIÁSPORA (DISPERSÃO): os hebreus perderam a autonomia política da Palestina, que se tornou sucessivamente província dos impérios persas, macedônio e romano. Tentaram ainda lutar contra o domínio romano; porém, em 70 d.C., o imperador Tito sufocou uma rebelião e destruiu o segundo Templo de Jerusalém. Sem um país próprio, dispersaram-se pelo mundo. Embora espalhados em pequenas comunidades, nas mais variadas regiões do mundo, os hebreus preservaram elementos básicos de sua cultura (língua e religião) e alguns objetivos comuns, como o retorno à Palestina. Assim, mantiveram-se como nação (sociedade culturalmente formada pela comunhão de elementos como etnia, língua, religião, tradição histórica e etc.), embora não constituíssem um Estado.

Apenas em 1948 foi fundado o Estado de Israel. Sua criação foi precedida de lutas para expulsão do povo palestino, que habitava a região. Realizando acordos com Israel, hoje os palestinos lutam pela criação de um Estado independente.

Sociedade

A vida socioeconômica dos hebreus pode ser dividida em duas grandes fases:

Fase nômade: vida em comunidades tribais, dedicando-se à criação de ovelhas e cabras. Não havia propriedade privada ou exploração entre classes; os bens produzidos pertenciam à comunidade.

Fase sedentária: com a instalação na Palestina, os hebreus desenvolveram uma economia comercial que estimulava o individualismo, o desejo de lucro e a conquista da propriedade privada. Esse processo desestruturou a organização comunitária, provocando o aparecimento das desigualdades sociais, com a exploração de uma classe pela outra.

A rápida evolução da economia comercial entre os hebreus é explicada pelas circunstâncias históricas que levaram as migrações coletivas, ao êxodo, a dispersões em massa. Para se adaptar a diferentes regiões geográficas, encontraram no comércio o meio de garantir a sobrevivência, evitando, ao mesmo tempo, o choque com os proprietários de terra de cada região.

Cultura

A religião é uma da principais bases da cultura hebraica e representa sua contribuição ao mundo ocidental. Através da crença no deus único, edificaram o judaísmo, que forneceu fundamentos ao cristianismo (conjunto das religiões cristãs, isto é, baseados nos ensinamentos, na pessoa e na vida de Jesus Cristo) e ao islamismo (religião fundada por Maomé, que tem Alá como deus único). Hoje, mais da metade da humanidade (dentre os quais 33% cristãos e 19 % muçulmanos) convive com o legado ético e cultural dos hebreus.

- Religião: enquanto a maioria dos povos da Antiguidade era politeísta, os hebreus eram monoteístas, tendo Iavé como único deus. A doutrina fundamental do judaísmo encontra-se no Pentateuco (Torá), conjunto de livros do Antigo Testamento da Bíblia.

O judeus acreditavam na vinda de um messias, enviado por deus para conduzir os homens à salvação eterna. Para os cristãos, esse messias é Jesus Cristo, a quem os judeus não aceitam. Assim continuam aguardando a vinda do messias.

- Literatura: as principais obras encontram-se na literatura religiosa, como, por exemplo, os livros bíblicos do Antigo Testamento. O estilo vibrante vigorosas imagens poéticas dessas obras inspiram grande parte da produção artística do Ocidente cristão.

- Arquitetura: destaca-se o monumental Templo de Jerusalém construído pelo rei Salomão.