domingo, 14 de setembro de 2008

Atenção alunos do Ensino Médio do Colégio Menino Jesus

Atenção pessoal, ai estão os conteúdos para estudar, nosso simulado está chegando, os conteúdos já haviam sido repassados, mas ai estão mais uma vez. Um abraço a todos.. e bons estudos.

1º Ano – Conteúdos Para o Simulado
Introdução a História;
Império Bizantino;
Antigo Egito;
Grécia Antiga.

2º Ano – Conteúdos para o Simulado
Período Colonial no Brasil e nas Américas;
Rebeliões coloniais;
Revolução inglesa.

3º Ano – Conteúdos para o Simulado
Início do Período colonial no Brasil;
Facismo e Nazismo;
Segunda Guerra Mundial e Era Vargas.

sábado, 13 de setembro de 2008

Para os alunos do 1º Ano do Colégio São Judas Tadeu

Atenção aos amigos do Primeiro Ano, galera seguem ai algumas questões sobre nossa última aula, parte das respostas vc's poderão encontrar no próprio módulo, mas algumas vc's terão que fazer umas pesquisas para resolver. Um abraço e até a próxima aula.


A Formação dos Reinos Bárbaros - Exercícios

1. A penetração dos bárbaros no Império Romano:
a) foi realizada sempre através de invasões armadas;
b) realizou-se a partir do século VI, quando o Império entrou em decadência;
c) verificou-se inicialmente sob a forma de migrações pacíficas e, posteriormente, através de invasões armadas;
d) foi realizada sempre de maneira pacífica;
e) verificou-se principalmente nos séculos II e III.

2. (UNIP) A importância da Batalha de Poitiers, em 732, no contexto da história da Europa, justifica-se em função de que:
a) os cristãos foram derrotados pelos árabes, consolidando-se o feudalismo europeu;
b) a derrota árabe frente ao Reino Franco impediu a islamização do Ocidente;
c) a partir daí teve início a Guerra de Reconquista na Península Ibérica;
d) com essa vitória, Carlos Martel tornou-se imperador dos francos;
e) esse evento assinalou o limite da expansão cristã no Mediterrâneo.

3. Carlos Martel é considerado o defensor da Cristandade contra os muçulmanos porque:
a) venceu os mouros na Batalha de Poitiers;
b) perdeu a Batalha de Poitiers para os mouros;
c) derrotou os visigodos na Batalha de Poitiers;
d) perdeu a Batalha de Poitiers para os visigodos.
e) n.d.a.

4. (PUCC) O declínio da Dinastia dos Merovíngios no Reino Franco permitiu o aparecimento de um novo chefe político de fato, a saber:
a) o condestável;
b) o tesoureiro;
c) o major domus;
d) o missi dominici.
e) n.d.a.

5. (FAAP) Entre os principais povos bárbaros que invadiram o Império Romano, podemos citar:
a) os vândalos;
b) os francos;
c) os visigodos;
d) os ostrogodos;
e) todas as anteriores.

06. A Chanson de Roland é um poema épico medieval do ciclo:
a) arturiano
b) espanhol
c) alemão
d) carolíngio
e) bretão


07. (MED. SANTOS) Luís, o Piedoso, sucessor de Carlos Magno, manteve o Império unido. Com sua morte, começou a crise política, caracterizada de um lado pelas invasões normandas e de outro:

a) pela disputa entre seus sucessores, que acabaram mantendo a unidade do Império através do Tratado de Verdun;
b) pela divisão do Império em três reinos, através do Tratado de Verdun;
c) pela divisão do Império, através do Tratado de Cateau-Cambrésis;
d) pela manutenção da unidade do Império, através do Tratado de Cateau-Cambrésis;
e) n.d.a.

08. As instituições políticas do Estado Franco lembram:
a) as instituições políticas ligadas ao Império Romano;
b) as instituições germânicas, tais como a clientela, o colonato, a recomendação e as imunidades;
c) as instituições romanas, tais como o comitatus, a ordália e o individualismo político;
d) todas estão erradas;
e) todas estão corretas.

09. (PUC) A conversão e batismo de Clóvis, após a Batalha de Tolbiac, explicam principalmente:
a) pela insistência de sua mulher Clotilde;
b) pela insistência dos bispos da Gália;
c) pela insistência do papa Gregório Magno;
d) pelo fato de que a maior parte da população da Gália era cristã;
e) n.d.a.

10. (PUC) O Império Carolíngio surgiu com a coroação de Carlos Magno em Roma por Leão III, no ano de 800. Daí em diante, o poder imperial aumentou consideravelmente, pois:
a) a administração foi aprimorada, com a instituição dos missi dominici e das capitulares;
b) o desenvolvimento cultural foi estimulado, inclusive com a criação de escolas de ler e escrever;
c) Paulo Lombardo, Alcuíno e Eginhardo deram destaque à cultura da época;
d) todas anteriores estão corretas;
e) todas estão incorretas.

Questões para Segundo Ano do Colégio Menino Jesus - Revolução Industrial

Oi galera do Segundo Ano, ai vão algumas questões sobre Revolução Industrial, muita atenção nas respostas pois algumas dessas questões podem fazer parte da nossa avaliação bimestral. Um abração..


Revolução Induustrial - Exercícios

01. A enclosure ou cercamento:
a) é o processo de extinção dos campos abertos (open fields), provocando o êxodo rural;
b) provocou a substituição dos grandes domínios rurais pelos pequenos, cuja rentabilidade era maior;
c) implicou uma maior concentração de mão-de-obra agrícola, ao deter a migração para as cidades;
d) foi um fenômeno exclusivo da Inglaterra, não aparecendo em nenhum outro país;
e) ocorreu somente no século XIX, em virtude da estagnação do mercado consumidor.

02. A locomotiva a vapor de Stephenson, o telégrafo elétrico de Morse e o processo Bessemer de fabricação do aço correspondem:
a) à Revolução Industrial antes de 1760;
b) à Revolução Industrial entre 1860 e 1900;
c) às inovações técnicas anteriores a 1860;
d) às inovações técnicas posteriores a 1860;
e) esses inventos ocorreram já no século XX, portanto, na 3ª Revolução Industrial.

03. "Para ele, os fatos econômicos e a luta de classes são o motor da História; o triunfo do proletariado e a implantação de uma sociedade sem classes são o objetivo final. Esse objetivo, contudo, só será alcançado com a união de todos os proletários."
O texto acima refere-se ao criador do socialismo científico:
a) Karl Marx
b) Vladimir Lenin
c) Saint-Simon
d) Pedro Kropotkin
e) Adam Smith


04. O primeiro país a se industrializar na Europa depois da Inglaterra foi:

a) a França
b) a Itália
c) a Rússia
d) a Bélgica
e) a Alemanha

05. Entre os fatores que fizeram da Inglaterra o berço propício à eclosão da Revolução Industrial, podemos citar osseguintes:
a) As condições sociais e políticas da época eram favoráveis.
b) Com a criação do Banco da Inglaterra, essa nação tornou-se o maior centro capitalista da época.
c) O sistema corporativo não chegara a se enraizar desde a Idade Média.
d) A supremacia naval inglesa assegurava o controle das rotas de distribuição de mercadorias.
e) Todas as anteriores.

06. (PUCCAMP) "O produto da atividade humana é separado de seu produtor e açambarcado por uma minoria: a substância humana é absorvida pelas coisas produzidas, em lugar de pertencer ao homem."
A partir do texto, pode-se afirmar que a Revolução Industrial:
a) produziu a hegemonia do capitalista na produção social;
b) tornou a manufatura uma alternativa para o artesanato;
c) introduziu métodos manuais de trabalho na produção;
d) tornou o homem mais importante que a máquina;
e) valorizou o produtor autônomo.


07. Podemos dizer que a supremacia marítima e comercial da Inglaterra foi um dos fatores decisivos para o processamento da Revolução Industrial porque:

a) assegurava o fornecimento de matéria-prima;
b) permitia um maior desenvolvimento técnico;
c) eliminava a concorrência francesa;
d) assegurava o mercado para as manufaturas e impunha a diminuição de seus custos de produção;
e) permitia a utilização de mão-de-obra escrava.

08. Thomas Malthus e David Ricardo distinguiram-se respectivamente por suas teorias sobre:
a) população e salário;
b) salário e lucro;
c) população e protecionismo;
d) protecionismo e salário;
e) laissez faire e leis do trigo.

09. (UERJ) Na Revolução Industrial, o pioneirismo inglês resultou de uma série de fatores, entre os quais sua hegemonia marítimo-comercial. A concretização dessa hegemonia ficou evidente quando a Inglaterra adotou a seguinte medida:
a) Decretou os Atos de Navegação.
b) Extinguiu o tráfico de escravos negros.
c) Assinou o Tratado de Methuen com Portugal.
d) Abriu os portos chineses aos navios ingleses.
e) Redefiniu o comércio com o Oriente, graças à Paz de Haia.

10. (CESGRANRIO) A Revolução Industrial transformou profundamente a ordem econômica mundial. Suas origens na Inglaterra relacionam-se com o(a):
a) declínio da monarquia;
b) liberação de mão-de-obra da cidade para o campo;
c) triunfo da ideologia liberal;
d) fortalecimento do sistema familiar de produção;
e) fim da hegemonia marítima.

Atenção aos alunos do 3º ano do COLÉGIO SÃO JUDAS TADEU

Olá pessoal, ai vão algumas questões sobre nossa última aula que falou sobre a Ditadura Militar no Brasil, vamos realizar esse exercício para que possamos desenvolver melhor o tema. Algumas questões podem ser utilizadas em nossa avaliação bimestral.. um abraço


01. (UFMG) O golpe político-militar de 1964 acarretou transformações na economia brasileira originadas das mudanças nas relações de trabalho, das novas necessidades do desenvolvimento capitalista no país e das mudanças na conjuntura internacional.
Todas as alternativas apresentam indicadores corretas das transformações na economia brasileira pós-64, exceto:

a)A abertura do país às empresas multinacionais a partir da abolição das restrições à remessa de lucros para o exterior.
b)A adoção de uma nova política salarial e a implantação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) substituindo o sistema de estabilidade no emprego.
c)A consolidação do setor industrial nacional através da elevação dos salários urbanos e do aumento da oferta e do consumo de bens não-duráveis.
d)A elevação do volume de impostos e a conseqüente falência de um grande número de pequenas e mé-dias empresas.
e)A expansão da indústria petroquímica, siderúrgica e do alumínio, realizada sob o patrocínio do Estado, com a participação dos conglomerados nacionais e estrangeiros.


02. (UFRGS-RS) Considere a charge abaixo sobre a propaganda governamental no Brasil.



A charge está relacionada com
a)os "50 anos em 5" do governo JK.
b)a austeridade do governo Jânio Quadros.
c)a linha dura do governo Costa e Silva.
d)o ufanismo do governo Médici.
e)o pacote de Abril do governo Geisel.


03. (Fuvest/FGV-SP) A prisão e a morte do jornalista Wladimir Herzog e do operário Manoel Fiel Filho, a bomba no show de primeiro de maio no Riocentro, a carta-bomba enviada à Ordem dos Advogados do Brasil, episódios ocorridos nos governos dos generais Ernesto Geisel e João Figueiredo revelam:
a)O recrudescimento da guerrilha urbana de esquerda no Brasil.
b)São episódios isolados uns dos outros, sem nenhuma inter-relação.
c)A luta entre duas facções militares, uma de extrema direita e outra de extrema esquerda, esta chefiada pelo capitão Carlos Lamarca.
d)Uma política deliberada dos generais-presidentes de perseguição aos jornalistas, operários, artistas e advogados.
e)Uma tentativa da chamada linha dura militar para desestabilizar o processo de abertura política.


04. (Fuvest-SP) Sobre o fim do período militar no Brasil (1964-1985), pode-se afirmar que ocorreu de forma...
a)conflituosa, resultando em um rompimento entre as Forças Armadas e os partidos políticos.
b)abrupta e inesperada, como na Argentina do general Galtieri.
c)negociada, como no Chile, entre o ditador e os partidos na ilegalidade.
d)lenta e gradual, como desejavam setores das Forças Armadas.
e)sigilosa, entre o presidente Geisel e Tancredo Neves, à revelia do exército e dos partidos.


05. (Cesgranrio-RJ) O processo de redemocratização brasileiro, no final da década de 1970, combinou pres-sões da sociedade civil e a estratégia de distensão/abertura do próprio regime militar, como pode ser observado na(no);
a)vitória do movimento popular das "Diretas-Já", permitindo eleições gerais diretas em 1982.
b)concessão de anistia "ampla, geral e irrestrita", por lei de iniciativa do governo, mas que excluía as principais lideranças ligadas ao governo derrubado em 1964.
c)total autonomia do movimento sindical, forçada pelas greves do ABCD paulista.
d)revogação dos atas institucionais, por iniciativa do governo, após negociação com setores representati-vos da sociedade civil.
e)pacote de Abril de 1977, que transformou o Congresso Nacional em Assembléia Constituinte.


06. (UFRGS-RS) Em 25 de abril de 1984 a Emenda Constitucional das "Diretas-Já!", relativa à eleição direta para presidente e vice-presidente da República foi
a)aprovada pela Câmara dos Deputados, obrigando o governo Figueiredo a controlar os grupos militares de extrema direita.
b)rejeitada pela Câmara dos Deputados, levando à posterior formação da Aliança Democrática e à candi-datura de Tancredo Neves.
c)aprovada pela Câmara dos Deputados, permitindo ao governo o estabelecimento de medidas de emer-gência nos estados.
d)rejeitado pela Câmara dos Deputados, propiciando forte reação da classe trabalhadora, que se decide pela fundação do Partido dos Trabalhadores.
e)aprovada pela Câmara dos Deputados, articulando-se a anistia geral e a extinção do bipartidarismo.


07. (Cesgranrio-RJ) A economia brasileira, desde o final da década de 1970, apresenta índices de inflação alta, redução do crescimento econômico e dificuldades com endividamento externo e interno que caracteri-zam os anos 80 como a chamada "década perdida".
Assinale a opção que expressa corretamente uma característica do período.
a)Os planos de estabilização (Cruzado, Bresser, etc.) eliminaram momentaneamente a inflação, mas seus resultados foram de curta duração.
b)A elevação da inflação brasileira está ligada à diminuição da produção de alimentos, decorrente do dire-cionamento da produção agrícola para o mercado externo.
c)O crescente endividamento brasileiro no exterior não repercutiu na economia interna, porque foi com-pensado pelos investimentos estrangeiros no país.
d)A constituição de 1988 agravou a crise brasileira, ao reduzir a carga de impostos e limitar os benefícios trabalhistas e previdenciários.
e)A crise levou o governo a aumentar sua participação na economia, criando estatais ou assumindo em-presas privadas, com o objetivo de manter os níveis de crescimento.


08. (Unicamp-SP) Em 13 de dezembro de 1968, o governo brasileiro promulgou o Ato Institucional n' 5, que, segundo opiniões da época, transformava o regime militar em uma ditadura "sem disfarces".
a) Qual o pretexto utilizado pelo regime militar para editar esse Ato?
b) Cite duas das principais medidas adotadas por esse Ato.
c) Caracterize dois elementos da democracia que a diferenciam da ditadura.


09. (Fuvest-SP) Durante o regime militar no Brasil (1964-1985), a oposição à ditadura também se expres-sou por meio da arte (música, literatura, cinema, teatro). Comente a afirmação, dando, pelo menos, dois exemplos dessas formas artísticas de expressão.


10. (Fuvest-SP) "Como se fosse uma hidra, a desigualdade racial [no Brasil] recupera-se a cada golpe que sofre. Onde os interesses e os liames das classes sociais poderiam unir as pessoas ou os grupos de pessoas, fora e acima das diferenças de 'raça', ela divide e opõe, condenando o 'negro' a um ostracismo invisível e destruindo, pela base, a consolidação da ordem social competitiva como democracia racial."
(FERNANDES, Florestan. A integração do negro na sociedade de classes.)

Com base nesse texto, comente a tese do autor sobre a questão da democracia racial no Brasil.

Questões para o 3º Ano do Ensino Médio - Colégio Menino Jesus - Guerra Fria e etc.

Atenção galera do 3º ANO, as questões abaixo são sobre o período que estamos estudando, no módulo tem apenas Guerra Fria, mas aqui estou colocando questões que englobam não apenas a GUERRA FRIA, mas o período após a Segunda Guerra Mundial, que é um período de grandes mudanças e conflitos políticos e ideológicos. Atenção com as questões pois algumas podem fazer parte de nossa avaliação bimestral..
Bons estudos..


01. (Enem/1999) "Os 45 anos que vão do lançamento das bombas atômicas até o fim da União Soviética não foram um período homogêneo único na história do mundo. (...) dividem-se em duas metades, tendo como divisor de águas o início da década de 70. Apesar disso, a história deste período foi reunida sob um padrão único pela situação internacional peculiar que o dominou até a queda da União Soviética."
(HOBSBAWM, Eric J. Era dos extremos. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.)

O período citado no texto e conhecido por "Guerra Fria" pode ser definido como aquele momento histórico em que houve
a) corrida armamentista entre as potências imperialistas européias ocasionando a Primeira Guerra Mundial.
b) domínio dos países socialistas do Sul do globo pelos países capitalistas do Norte.
c) choque ideológico entre a Alemanha nazista/União Soviética stalinista, durante os anos 30.
d) disputa pela supremacia da economia mundial entre o Ocidente e as potências orientais, como a China e o Japão.
e) constante confronto das duas superpotências que emergiam da Segunda Guerra Mundial.


02. (Fuvest-SP) "(...) nunca certas previsões do marxismo pareceram mais verdadeiras do que hoje: o que não deixa de ser bastante irônico, se considerarmos que isso se dá no momento em que o marxismo está desacreditado como filosofia social."
(Quentin Skinner, historiador inglês, 1998.)


O que permite ao autor sustentar, respectivamente, a tese do descrédito e da validade do marxismo, fundamenta-se
a) no fracasso das experiências socialistas em nosso século e no aumento extraordinário tanto da riqueza quanto da pobreza do mundo.
b) no êxito do capitalismo em eliminar as crises financeiras periódicas e no seu fracasso em fazer diminuir a população mundial.
c) na capacidade do capitalismo para controlar a pobreza e na sua dificuldade para desenvolver tecnologias que resolvessem problemas ambientais.
d) no desaparecimento da luta de classes e na intensificação da concorrência do conflito imperialista entre as potências capitalistas.
e) no êxito do capitalismo em globalizar a economia e na incapacidade do "Welfare State" (Estado do bem-estar social) para humanizar o capitalismo.


03. (UFU-MG) Com relação à história de Cuba, no século XX, assinale a alternativa verdadeira.
a) A ditadura estabelecida sob a presidência de Fulgêncio Batista (1951-1959) caracterizou-se pela violência e pela repressão.
b) Fidel Castro era membro do Partido Comunista Cubano e, como os demais membros do partido, defendia a implantação da "ditadura do proletariado" na ilha, para combater o governo de Batista.
c) Desde 1952, muitas das organizações das camadas subalternas da população, como sindicatos, tiveram autonomia para eleger seus próprios dirigentes, sem interferência do poder estatal.
d) Cuba foi o único país latino-americano que não teve presidentes da República que pudessem ser identificados com os interesses do imperialismo e dos Estados Unidos da América.
e) As reformas de 1960 prepararam o caminho para a implantação de uma democracia liberal fundada na livre-concorrência e no pluripartidarismo.


04. (UFU-MG) Ronald Reagan foi eleito presidente dos Estados Unidos nas eleições de 1980 e reeleito para o mesmo cargo nas eleições de 1984. Acerca desse período conhecido como "Era Reagan" marque a alternativa que não é verdadeira.
a) Para atender o seu eleitorado, formado basicamente pela parcela mais rica do país, Reagan colocou em prática uma política econômica conservadora, conhecida por "reaganomics".
b) Como Reagan representava a ala mais conservadora do Partido Republicano, no início de seu mandato a guerra fria foi retomada, reiniciando-se a política de confronto com a União Soviética.
c) As relações conflituosas entre Estados Unidos e Líbia antecederam o governo Reagan, porém, com sua posse, as provocações se multiplicaram, de ambas as partes.
d) Os recursos militares americanos foram ampliados com o objetivo de efetivar a Iniciativa de Defesa Estratégica (conhecida como projeto Guerra nas Estrelas).
e) O escândalo Irã-Contras não só abalou o prestígio de Reagan como redundou na cassação de seus direitos políticos, por doze anos, pelo Congresso norte-americano.


05. (UFV-MG) A Revolução Mexicana iniciou-se em 1910, com os movimentos de oposição ao governo ditatorial de Porfírio Días, institucionalizando-se no governo Lázaro Cárdenas (1934-1939), com a criação do Partido Revolucionário Mexicano (PRM), hoje chamado de Partido Revolucionário Institucional (PRI). Sobre a Revolução Mexicana, todas as afirmativas abaixo são corretas, exceto:
a) Constituiu-se num processo do qual participaram segmentos sociais que reivindicavam a reforma agrária e a democracia política de cunho burguês.
b) Foi apoiada pelo movimento camponês, que reivindicava o direito à posse da terra.
c) Contrapôs-se ao governo ditatorial de Porfírio Días, apoiada pelos latifundiários, comerciantes, banqueiros mexicanos e investidores estrangeiros.
d) Apresentou caráter anticapitalista, acarretando a socialização da terra e da indústria.
e) Acarretou a nacionalização das companhias de petróleo e estradas de ferro, bem como a formação de sindicatos operários e camponeses.


07. (Vunesp-SP) "Um conjunto de normas mais ou menos semelhantes se impôs na Argentina após 1976, no Uruguai e no Chile, depois de 1973, na Bolívia quase ininterruptamente, no Peru, de 1968 até 1979, no Equador, de 1971 a 1978." (Clóvis Rossi)
Assinale a alternativa que melhor expressa o conjunto de normas de exceção que marcaram a trajetória político-institucional dos países latino-americanos, indicados no texto.

a) Dissolução de partidos e sindicatos, com objetivo de estabelecer uma nova ordem democrática e popular.
b) Domínio político das organizações guerrilheiras.
c) Extinção dos partidos políticos, intervenção nos sindicatos e suspensão das eleições diretas.
d) Política externa alinhada automaticamente à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e ao bloco do Leste.
e) Formação de uma frente parlamentar, para revisão constitucional.


08. (PUC-SP) "Circo russo na cidade: não alimentem os animais."
(Graffiti nos muros de Praga, em 1968.)

"Os conselhos eram: ignorem os soviéticos, tratem-nos como coisas, beijem e namorem sob seus narizes. Vivam. Mas façam em torno deles barragens invisíveis."
(GODFFLDER, Sonia. A Primavera de Praga. São Paulo: Brasiliense, 1981.)


A indisposição dos tchecos, em relação aos soviéticos na circunstância indicada pelas citações acima, era devida:
a) à grande presença, em território nacional, de dissidentes soviéticos asilados pelo Estado, os quais gozavam de privilégios não desfrutados pelos cidadãos tchecos.
b) à interrupção, por parte da URSS, do fornecimento de gêneros alimentícios e material bélico, para que a Tchecoslováquia mantivesse sua superioridade frente aos poloneses.
c) à histórica discriminação dirigida pelos tchecos aos povos eslavos e que foi reativada com a atuação da Igreja Ortodoxa Russa.
d) à intervenção militar praticada pelo governo soviético na Tchecoslováquia, como resposta a uma tentativa da sociedade tcheca de ampliar as liberdades individuais no interior de um regime comunista.
e) à iniciativa tcheca de romper com o regime comunista e negar a influência da União Soviética, optando pela aliança com o governo americano e pela reorientação da economia, no sentido de sua estatização.


09. (Fuvest-SP) Sobre a crise do capitalismo, na década de 1930, e o colapso do socialismo, na década de 1980, pode-se afirmar que:
a) a primeira reforçou a concepção de que não se podia deixar uma economia ao sabor do mercado, e o segundo, a de que uma economia não funciona sem mercado.
b) ambos levaram à descrença sobre a capacidade do Estado resolver os problemas colocados pelo desemprego em massa.
c) assim como a primeira, também o segundo está provocando uma polarização ideológica que ameaça o Estado de bem-estar social.
d) ambos, provocando desemprego e frustração, fizeram aparecer agitações fascistas e terroristas contando com amplo respaldo popular.
e) enquanto a primeira reforçou a convicção dos defensores do capitalismo, o segundo fez desaparecer a convicção dos defensores do socialismo.


10. (FGV-RJ) O conceito de Guerra Fria, aplicado às relações internacionais após 1945, significa basicamente:
a) o conjunto de lutas travadas pelo povo iraniano contra a dinastia Pahlevi.
b) a formação de blocos econômicos rivais: o MCE e o Comecon.
c) as disputas diplomáticas entre árabes e israelenses pela posse da península do Sinai.
d) a rivalidade entre dois blocos antagônicos, liderados pelos EUA e URSS, respectivamente.
e) o conjunto de guerras pela independência nacional ocorridas na Ásia.


11. (UFPA) Em relação ao quadro apresentado pelo mundo após terminar a Segunda Guerra Mundial, é possível assegurar-se de que:
a) a reorganização imediata da França e a sua participação ativa na política do pós-guerra já indicavam a efetiva liderança que os franceses exerceriam na Europa dos anos de 1950.
b) isolada em relação à política mundial, a União Soviética, sob o governo de Stálin, tratou de consolidar as posições conseguidas durante o conflito, organizando, para tanto, as chamadas Repúblicas Soviéticas.
c) abalados pelo esforço econômico desprendido durante o conflito, os Estados Unidos viram a sua hegemonia econômica, no Oriente e na América Latina, serem partilhadas entre Inglaterra e França.
d) a situação da Alemanha e o papel que ocuparia no processo da reorganização da política mundial representaram dois dos mais delicados fatores a pesar na nova balança das relações internacionais.
e) objetivando assegurar a sua hegemonia econômica e política sobre a Europa, os Estados Unidos proclamaram que a navegação pelo Atlântico Norte ficaria permanentemente sob a fiscalização e o controle norte-americano.


12. (Cesgranrio-RJ) Após o término da Segunda Guerra Mundial, o lançamento do Plano Marshall, pelo governo norte-americano, constituiu manobra estratégica fundamental no interior da Guerra Fria nascente entre os EUA e a URSS, pois o Plano Marshall:
a) era um instrumento decisivo, tanto econômico quanto político-ideológico, da luta contra o perigo do avanço ainda maior do comunismo na Europa arrasada do pós-guerra.
b) visava principalmente deter as ameaças soviéticas sobre os países do Oriente Médio, cuja produção petrolífera era vital para as economias acidentais.
c) representava uma retomada, em moldes mais eficazes, da tradicional política da "boa vizinhança" dos EUA em relação à América Latina, vinda dos tempos de Roosevelt.
d) garantia, para os norte-americanos, o retorno a uma política isolacionista, voltada para os seus interesses internos, deixando por conta dos europeus acidentais as tarefas da reconstrução.
e) assegurava a livre-penetração dos capitais norte-americanos no continente europeu, inclusive nos países da Europa Oriental.


14. (Cescem-SP) A "coexistência pacífica" entre os Estados Unidos e a União Soviética sofreu sério revés em 1962, em virtude:
a) da interferência da China comunista na pacificação do Vietnã.
b) do rompimento das negociações de Pan Munjon para unificação da Coréia.
c) do fracasso da reunião entre Eisenhower e Stálin, em Genebra.
d) da intervenção da Rússia no processo de descolonização da África.
e) da instalação de foguetes em Cuba, por decisão de Kruschev.


15. (Fatec-SP) O macarthismo na década de 1950 nos Estados Unidos foi um movimento que visava:
a) conceder igualdade de oportunidades às minorias negras norte-americanas.
b) afastar de cargos públicos e de posições importantes na economia e na sociedade elementos que pudessem ter simpatias pelo regime soviético.
c) levar à presidência da República o general Douglas McArthur, o comandante-em-chefe das forças aliadas no Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial.
d) impedir a integração racial nos Estados do Sul dos Estados Unidos durante a presidência do general Eisenhower.
e) conter o expansionismo soviético através de uma delimitação clara das zonas de influência norte-americana.


16. (FGV-SP) A Grande Marcha empreendida nos anos 30 por Mao Tse-tung e seus seguidores foi:
a) uma fuga dos contingentes comunistas que estavam sendo perseguidos pelas tropas do Kuomintang.
b) uma fuga dos seguidores de Mao perseguidos pelas tropas japonesas que invadiram a Manchúria.
c) uma tentativa das tropas comunistas de cortar as linhas de abastecimento das tropas nacionalistas.
d) uma tentativa das tropas de Mao de cercar as tropas japonesas que haviam invadido a Manchúria e o Norte da China.
e) a marcha empreendida pelos comunistas sobre Nanquim para derrotar as tropas do Kuomintang.


17. (Vunesp-SP) A intervenção norte-americana na guerra da independência política de Cuba, em 1898, resultou:
a) na retirada de tropas e capitais norte-americanos que predominavam na ilha.
b) na industrialização de Cuba, rompendo com a dependência herdada do período colonial.
c) na submissão da ex-colônia ao imperialismo holandês.
d) na Emenda Platt, que reconhecia o direito dos EUA intervirem para salvaguardar seus interesses naquele país do Caribe.
e) na emancipação gradual dos negros escravos que havia naquela ilha.


19. (Centec-BA) Após a independência, a economia dos países latino-americanos caracterizava-se essencialmente pela:
a) independência em relação ao capital internacional.
b) permanência de uma economia colonial, voltada para abastecer o mercado interno.
c) independência tecnológica, especificamente de bens duráveis.
d) manutenção de uma economia agrário-latifundiária e exportadora.
e) dependência em relação ao capital internacional luso-espanhol.

Questões para o 1º Ano do Ensino Médio - CMJ - Feudalismo

Oi pessoal, ai estão algumas questões sobre FEUDALISMO, as questões estão com a numeração alterada propositalmente, tentem resolver as questões com as informações disponívels no módulo, mas caso ñ seja suficente pesquise na internet ou em outras fontes, mas a resolução das questões será de grande importância pois algumas poderão entrar na nossa avaliação bimestral.
Um abraço e bons estudos!!!

1. (Enem/1999) Considere os textos abaixo.

"(...) de modo particular, quero encorajar os crentes empenhados no campo da filosofia para que iluminem os diversos âmbitos da atividade humana, graças ao exercício de uma razão que se torna mais segura e perspicaz com o apoio que recebe da fé."
(Papa João Paulo II. Carta Encíclica Fides et Ratio aos bispos da Igreja católica sobre as relações entre fé e razão, 1998)

"As verdades da razão natural não contradizem as verdades da fé cristã."
(Santo Tomás de Aquino – pensador medieval)

Refletindo sobre os textos, pode-se concluir que:
a) a encíclica papal está em contradição com o pensamento de Santo Tomás de Aquino, refletindo a diferença de épocas.
b) a encíclica papal procura complementar Santo Tomás de Aquino, pois este colocava a razão natural acima da fé.
c) a Igreja medieval valorizava a razão mais do que a encíclica de João Paulo II.
d) o pensamento teológico teve sua importância na Idade Média, mas, em nossos dias, não tem relação com o pensamento filosófico.
e) tanto a encíclica papal como a frase de Santo Tomás de Aquino procuram conciliar os pensamentos sobre fé e razão.

3. (Fatec-SP) Uma das características a ser reconhecida no feudalismo europeu é:
a) A sociedade feudal era semelhante ao sistema de castas.

b) Os ideais de honra e fidelidade vieram das instituições dos hunos.
c) Vilões e servos estavam presos a várias obrigações, entre elas o pagamento anual de capitação, talha e banalidades.
d) A economia do feudo era dinâmica, estando voltada para o comércio dos feudos vizinhos.
e) As relações de produção eram escravocratas.

5. (UFPA) Nas relações de suserania e vassalagem dominantes durante o feudalismo europeu, é possível observar que:
a) a servidão representou, sobretudo na França e na península Ibérica, um verdadeiro renascimento da escravidão conforme existia na Roma imperial.
b) os suseranos leigos, formados pela grande nobreza fundiária, distinguiam juridicamente os servos que trabalhavam nos campos dos que produziam nas cidades.
c) mesmo dispondo de grandes propriedades territoriais, os suseranos eclesiásticos não mantinham a servidão nos seus domínios, mas sim o trabalho livre.
d) o sistema de impostos incidia de forma pesada sobre os servos. O imposto da mão morta, por exemplo, era pago pelos herdeiros de um servo que morria para que continuassem nas terras pertencentes ao suserano.
e) as principais instituições sociais que sustentavam as relações entre senhores e servos eram de origem muçulmana, oriundos da longa presença árabe na Europa Ocidental.

6. (UFJF-MG) O islamismo, religião fundada por Maomé e de grande importância na Unidade árabe, tem como fundamento:
a) o monoteísmo, influência do cristianismo e do judaísmo, observado por Maomé entre povos que seguiam essas religiões.
b) o culto dos santos e profetas através de imagens e ídolos.
c) o politeísmo, isto é, a crença em muitos deuses, dos quais o principal é Alá.
d) o princípio da aceitação dos desígnios de Alá em vida e a negação de uma vida pós-morte.
e) a concepção do islamismo vinculado exclusivamente aos árabes, não podendo ser professado pelos povos inferiores.


8. (Vunesp) O islamismo, ideologia difundida a partir da Alta Idade Média, em que o poder político confunde-se com o poder religioso, era dotado de certa heterogeneidade, o que pode ser constatado na existência de seitas rivais como:
a) politeístas e monoteístas
b) sunitas e xiitas
c) cristãos e muezins
d) sunitas e cristãos
e) xiitas e politeístas

9. (Fuvest) As feiras na Idade Média constituíram-se:
a) instrumentos de comércio local das cidades para o abastecimento cotidiano dos seus habitantes.
b) áreas exclusivas de câmbio das diversas moedas européias.
c) locais de comércio de amplitude continental que dinamizaram a economia da época.
d) locais fixos de comercialização da produção dos feudos.
e) instituições carolíngias para renascimento do comércio abalado com as invasões no Mediterrâneo.


11. (Fuvest) Do Grande Cisma sofrido pelo cristianismo no século XI, resultou:

a) o estabelecimento dos tribunais da Inquisição pela Igreja católica.
b) a Reforma protestante, que levou à quebra da unidade da Igreja católica na Europa Ocidental.
c) a heresia dos albigenses, condenada pelo papa Inocêncio II.
d) a divisão da Igreja em católica romana e ortodoxa grega.
e) a Querela das Investiduras, que proibia a investidura de clérigos por leigos.


12. (Osec-SP) “(...) Durante o século XII, toda a extensão da Flandres converteu-se em país de tecelões e batedores. O trabalho de lã, que até então se havia praticado somente nos campos, concentra-se nas aglomerações mercantis que se fundam por toda a parte e anima um comércio, cujo progresso é incessante. Formam-se, assim, a incipiente Bruges, Ipres, Lile, Duai e Arras." (Henri Pirenne)
Podemos relacionar o conteúdo desse texto:
a) às mudanças econômicas que exigiram adaptações e mudanças no regime feudal.
b) às ligas de mercadores que impulsionaram o desenvolvimento mercantil no mar do Norte, a exemplo da Liga Hanseática.
c) ao renascimento comercial que atingiu o interior da Europa, a partir do século XI.
d) às feiras de comércio local e internacional que se desenvolveram no interior da Europa.
e) às invasões bárbaras que aceleraram a formação de vilas durante o Baixo Império Romano.


13. (Cescem-SP) As corporações de ofício eram organizadas com o objetivo de:
a) defender os interesses dos artesãos diante dos patrões.
b) proporcionar formação profissional aos jovens fidalgos.
c) aplicar os princípios religiosos às atividades cotidianas.
d) combater os senhores feudais.
e) proteger os ofícios contra a concorrência e controlar a produção.


14. (UFPA) O movimento das cruzadas foi essencial para o quadro das transformações por que a Europa passaria nos processos finais da Idade Média. Definida essa questão, é possível assegurar-se em relação ao movimento cruzadista que:

a) os efeitos imediatos das cruzadas sobre a vida européia foram de natureza política, já que contribuíram para abalar sensivelmente o poder absoluto dos monarcas europeus.
b) em termos jurídicos, as cruzadas contribuíram para modificar o sistema da propriedade no feudalismo, já que difundiram o começo da propriedade dominante no Extremo Oriente.
c) os seus resultados abalaram seriamente o prestígio do papado, provocando, inclusive, a separação entre a Igreja de Roma e a de Constantinopla, fato de implicações negativas para a autoridade clerical.
d) os efeitos sociais das cruzadas fizeram-se sentir principalmente sobre as relações de trabalho, já que os cruzados, ao retornarem do Oriente, defendiam a substituição da servidão pelo trabalho livre.
e) as exigências das expedições contribuíram decididamente para o recuo da dominação árabe no Mediterrâneo, abrindo os espaços para que as suas águas viessem a sustentar, mais tarde, parte das grandes rotas do comércio europeu.


16. (Vunesp) A partir do século XII, em algumas regiões européias, nas cidades em crescimento, comerciantes, artesãos e bispos aliaram-se para a construção de catedrais com grandes pórticos, vitrais e rosáceas, produzindo uma "poética da luz", abóbadas e torres elevadas que dominavam os demais edifícios urbanos. O estilo da arte da época é denominado:
a) renascentista
b) bizantino
c) românico
d) gótico
e) barroco


17. (Vunesp) Sobre as associações de importantes grupos sociais da Idade Média, um historiador escreveu:
"Eram cartéis que tinham por objetivo a eliminação da concorrência no interior da cidade e a manutenção do monopólio de uma minoria de mestres no mercado urbano". (Jacques Le Goff, A civilização do Ocidente medieval.)
O texto caracteriza de maneira típica

a) as universidades medievais
b) a atuação das ordens mendicantes
c) as corporações de ofício
d) o domínio dos senhores feudais
e) as seitas heréticas


19. (PUC-SP) Não pode ser considerado como fator gerador do renascimento comercial que ocorre na Europa, a partir do século XI:
a) a crise do modo de produção feudal provocada pela superexploração da mão-de-obra, através das relações servis de produção.
b) a disponibilidade de mão-de-obra provocada, entre outros fatores, pelo crescimento demográfico a partir do século X.
c) a predominância cultural e ideológica da Igreja, com a valorização da vida extraterrena, a condenação à usura e sua posição em relação ao "justo preço" das mercadorias.
d) a aquisição das "cartas de franquias", que fortalecia e libertava a nascente burguesia das obrigações tributárias dos senhores feudais.
e) o movimento cruzadista, que, retratando a estrutura mental e religiosa do homem medieval, se estendeu entre os séculos XI e XIII.


21. (PUC-SP) "(...) a própria vocação do nobre lhe proibia qualquer atividade econômica direta. Ele pertencia de corpo e alma à sua função própria: a do guerreiro. (...) Um corpo ágil e musculoso não é o bastante para fazer o cavaleiro ideal. É preciso ainda acrescentar a coragem. E é também porque proporciona a esta virtude a ocasião de se manifestar que a guerra põe tanta alegria no coração dos homens, para os quais a audácia e o desprezo da morte são, de algum modo, valores profissionais."
(Bloch, Marc. A sociedade feudal. Lisboa: Edições 70, 1987.)
O autor nos fala da condição social dos nobres medievais e dos valores ligados às suas ações guerreiras, É possível dizer que a atuação guerreira desses cavaleiros representa, respectivamente, para a sociedade e para eles próprios:

a) a garantia de segurança, num contexto em que as classes e os Estados nacionais se encontram em conflito, e a perspectiva de conquistas de terras e riquezas.
b) o cumprimento das obrigações senhoriais ligadas à produção, e à proibição da transmissão hereditária das conquistas realizadas.
c) a permissão real para realização de atividades comerciais, e a eliminação do tédio de um cotidiano de cultura rudimentar e alheio a assuntos administrativos.
d) o respeito às relações de vassalagem travadas entre senhores e servos, e a diversão sob a forma de torneios e jogos em épocas de paz.
a participação nas guerras santas e na defesa do catolicismo, e a possibilidade de pilhagem de homens e coisas, de massacres e mutilações de inimigos.


22. (PUC-SP) Dentre os itens abaixo, dois representam características integrantes do ideário cristão que, à época do reconhecimento do cristianismo como religião oficial de Roma (séc. IV), funcionaram como elementos facilitadores da aliança que uniu os interesses da Igreja cristã aos do Estado romano:
1 – o dogma da transcendência divina
2 – as noções de culpa original dos homens e de perdão divino
3 – os dogmas da criação e do juízo final
4 – o missionarismo expansionista
5 – a moral celibatária
6 – as concepções de inferno, purgatório e reino dos céus
7 – a estrutura hierárquica da organização clerical

Os itens corretas são os de número:
a) 5 e 1
b) 3 e 6
c) 4 e 7
d) 6 e 4
e) 3 e 7


23. (Fuvest-SP) "Se volveres a lembrança ao Gênese, entenderás que o homem retira da natureza o seu sustento e a sua felicidade. O usurário, ao contrário, nega a ambas, desprezando a natureza e o modo de vida que ela ensina, pois outros são no mundo seus ideais."
(Dante Alighieri, Divina comédia, Inferno, canto XI, trad. Hernâni Donato.)

Essa passagem do poeta florentino exprime.

a) uma visão já moderna da natureza, que aqui aparece sobreposta aos interesses do homem.
b) um ponto de vista já ultrapassado no seu tempo, posto que a usura era uma prática comum e não mais proibida.
c) uma nostalgia pela Antiguidade greco-romana, onde a prática da usura era severamente coibida.
d) uma concepção dominante na Baixa Idade Média, de condenação à prática da usura por ser contrária ao espírito cristão.
e) uma perspectiva original, uma vez que combina a prática da usura com a felicidade humana.


24. (Fuvest) Os movimentos fundamentalistas, que tudo querem subordinar à lei islâmica (Sharia), são hoje muito ativos em vários países da África, do Oriente Médio e da Ásia. Eles tiveram a sua origem histórica:
a) no desenvolvimento do Islamismo, durante a Antigüidade, na Península Arábica;
b) na expansão da civilização árabe, durante a Idade Média, tanto a Ocidente quanto a Oriente;
c) na derrocada do Socialismo, depois do fim da União Soviética, no início dos anos noventa;
d) no estabelecimento do Império Turco-Otomano, com base em Istambul, durante a Idade Moderna;
e) na ocupação do mundo árabe pelos europeus, entre a segunda metade do século XIX e a primeira do século XX.


26. (Vunesp) “Na sociedade feudal, o vínculo humano característico foi o elo entre subordinado e chefe mais próximo. De escalão em escalão, os nós assim formados uniam, tal como se se tratasse de cadeias infinitamente ramificadas, os menores e os maiores. A própria terra só parecia ser uma riqueza tão preciosa por permitir obter ‘homens’, remunerando-os." (Marc Bloch. A sociedade feudal.)

O texto descreve a:
a) hierarquia eclesiástica da Igreja Católica;
b) relação de tipo comunitário dos camponeses;
c) relação de suserania e vassalagem;
d) hierarquia nas corporações de ofício;
e) organização política das cidades medievais.


28. (Fuvest) “Após ter conseguido tirar da nobreza o poder político que ela detinha enquanto ordem, os soberanos a atraíram para a corte e lhe atribuíram funções políticas e diplomáticas."

Essa frase, extraída da obra de Max Weber, Política como vocação, refere-se ao processo que, no Ocidente:

a) destruiu a dominação social da nobreza, na passagem da Idade Moderna para a Contemporânea;
b) estabeleceu a dominação social da nobreza, na passagem da Antiguidade para a Idade Média;
c) fez da nobreza uma ordem privilegiada, na passagem da Alta Idade Média para a Baixa Idade Média;
d) conservou os privilégios políticos da nobreza, na passagem do Antigo Regime para a Restauração;
e) permitiu ao Estado dominar politicamente a nobreza, na passagem da Idade Média para a Moderna.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Questões para o Segundo Ano do Ensino Médio - COLÉGIO SÃO JUDAS TADEU

Olá pessoal do segundo ano, aqui seguem algumas questões sobre Período Regencial, Primeiro Reinado e Independência do Brasil, vamos tentar responder e posteriormente publico o gabarito e ai teremos novas discussões aqui no Blog ou em sala de aula.
Um abraço...

Brasil: Independência, Primeiro Reinado e Período Regencial

01. (Cesgranrio) Os movimentos de rebelião colonial e o processo de emancipação política do Brasil estão ligados às transformações do mundo ocidental no final do século XVIII. Assim, está carreto afirmar que:
a) o desenvolvimento industrial reforçou o pacto colonial, como instrumento de reserva de mercado.
b) a Ilustração promoveu expressiva modernização econômica da colônia e o reforço da religiosidade expressa no Barroco.
c) a emancipação política, no caso brasileiro, marcou a definitiva separação entre portugueses, agentes da metrópole e colonos brasileiros.
d) as reações contra o domínio metropolitano foram movimentos autóctones das elites coloniais, não se ligando ao processo geral da crise do Antigo Regime.
e) as rebeliões coloniais foram influenciadas pelo pensamento liberal, apesar das diferenças entre as áreas coloniais e a Europa.


02. (Cesgranrio) A transferência do governo português para o Brasil, em 1808, teve ligação estreita com o processo de emancipação política da colônia porque:
a) introduziu as idéias liberais na colônia, incentivando várias rebeliões.
b) reforçou os laços de dependência e monopólio do sistema colonial, aumentando a insatisfação dos colonos,
c) incentivou as atividades mercantis, contrariando os interesses da grande lavoura.
d) instalou no Brasil a estrutura do Estado português, reforçando a unidade e a autonomia da colônia.
e) favoreceu os comerciantes portugueses, prejudicando os brasileiros e os ingleses ligados ao comércio de importação.


03. (Fuvest) A organização do Estado brasileiro que se seguiu à independência resultou do projeto do grupo
a) liberal-conservador, que defendia a monarquia constitucional, a integridade territorial e o regime centralizado.
b) maçônico, que pregava a autonomia provincial, o fortalecimento do executivo e a extinção da escravidão,
c) liberal-radical, que defendia a convocação de uma Assembléia Constituinte, a igualdade de direitos políticos e a manutenção da estrutura social.
d) cortesão, que defendia os interesses recoloniza-dores, as tradições monárquicas e o liberalismo econômico.
e) liberal-democrático, que defendia a soberania popular, o federalismo e a legitimidade monárquica.


04. (Cesgranrio-) A formação do Estado nacional, no Brasil, foi marcada por confrontas e períodos de instabilidade. A esse respeito, assinale a opção que expressa corretamente uma etapa da história política do império.
a) O Ato Adicional de 1834 reafirmou a concepção centralista do império, abalada com a abdicação de D. Pedro l.
b) O Segundo Reinado, em sua primeira fase (1840- 1850), foi marcado por medidas centralizadoras e pela derrota dos últimos movimentos revolucionários.
c) A maioridade marcou a derrota do grupo político regressista, na medida em que instituiu o poder absoluto do imperador.
d) A Conciliação, aliança de liberais e conservadores, garantiu a efetivação do ideário democrático dos primeiros.
e) As rebeliões provinciais, como a Farroupilha (RS) e a Balaiada (MA), expressaram a reação restauradora das oligarquias contra o liberalismo do governo regencial.


05. (Cesgranrio) A concretização da emancipação política do Brasil, em 1822, foi seguida de divergências entre os diversos setores da sociedade, em torno do projeto constitucional, culminando com o fechamento da Assembléia Constituinte.
Assinale a opção que relaciona corretamente os preceitos da Constituição Imperial com as características da sociedade brasileira.

a) A autonomia das antigas capitanias atendia aos interesses das oligarquias agrárias.
b) O poder moderador conferia ao imperador a proeminência sobre os demais poderes.
c) A abolição do Padroado, por influência liberal, assegurou ampla liberdade religiosa.
d) A abolição progressiva da escravidão, proposta de José Bonifácio, foi uma das principais razões da oposição ao imperador D. Pedro l.
e) A introdução do sufrágio universal permitiu a participação política das camadas populares, provocando rebeliões em várias partes do país.


06. (Vunesp) "O quadro político O evidentemente alterado com a nova ordem: quem fazia oposição ao governo se divide em dois grandes grupos – o dos moderados, que estão no poder; os exaltados, que sustentam teses radicais, entre elas a do federalismo, com concessões maiores às Províncias. Outros, deputados, senadores, Conselheiros de Estado, jornalistas... permanecem numa atitude de reserva, de expectativa crítica. Deles, aos poucos surgem os restauradores ou caramurus."
(IGLÉSIAS, Francisco. Brasil, sociedade democrática.) O texto refere-se à nova ordem decorrente


a) da elaboração da Constituição de 1824.
b) do golpe da maioridade.
c) da renúncia de Feijó.
d) da abdicação de D. Pedro I.
e) das revoluções liberais de 1824.


07. (Mackenzie-SP) “O certo é que, se os marcos cronológicos com que os historiadores assinalam a evolução social e política dos povos não se estribassem unicamente nos caracteres externos e formais dos fatos, mas refletissem a sua significação íntima, a independência do Brasil seria antedatada de catorze anos...” (Caio Prado Júnior. Evolução política do Brasil.)

O fato histórico mencionado no texto e que praticamente anulou nossa situação colonial foi:
a) criação do ensino superior;
b) alvará de liberdade industrial;
c) tratado de 1810 com a Inglaterra;
d) abertura dos portos;
e) elevação do Brasil a Reino Unido.


08. (UFSM-RS) Em novembro de 1823, D. Pedro I fechou a Assembléia Constituinte. Em março do ano seguinte, outorgou uma Carta Constitucional à nação. Os liberais protestaram devido ao fato de o imperador haver:
a) desconsiderado o problema da escravidão;
b) desrespeitado a representação dos cidadãos, na figura dos deputados constituintes;
c) assegurado a representação política e a necessidade do diálogo entre as forças políticas da nação;
d) negado a tradição absolutista e o centralismo do Estado imperial;
e) respeitado a autonomia dos grupos dominantes nas diversas províncias do Império.


09. (Fuvest) “... a carne, o couro, o sebo, a graxa, além de pagarem nas Alfândegas do país o duplo dízimo de que se propuseram aliviar-nos, exigiam mais quinze por cento em qualquer dos portos do Império. Imprudentes legisladores nos puseram desde esse momento na linha dos povos estrangeiros, desnacionalizaram a nossa Província e de fato a separaram da Comunidade Brasileira."

O texto acima refere-se:
a) ao problema dos altos impostos que recaíam sobre produtos do Maranhão, e que ocasionaram a Balaiada;
b) aos fatores econômicos que motivaram a Revolução Farroupilha, iniciada durante o Período Regencial;
c) às implicações econômicas do movimento de independência da Província Cisplatina;
d) às dificuldades econômicas do Nordeste, que justificaram a eclosão da Confederação do Equador;
e) aos problemas econômicos do Pará, que deram origem à Cabanagem.

Aos alunos do 3 º ano do Ensino Médio

Vamos exercitar, afinal REVOLUÇÃO DE 1930 é um dos conteúdos que estão sempre presentes nas provas dos vestibulares por ai, então aqui tem um pequeno questionário. Responda usando seus conhecimentos e no próximo final de semana publico o gabarito e assim poderemos discutir.
Um abraço e bons estudos.

A Revolução de 30

01. Quais eram os objetivos dos revolucionários de 1930?

02. Por que se formou a Aliança Liberal?

03. Quais foram as providências de caráter político tomadas por Getúlio Vargas logo após o triunfo revolu-cionário de 1930?

04. (PUC-SP) Segundo alguns autores, o tenentismo representou uma tentativa de ruptura da organização política vigente na República brasileira porque:
a) os tenentes se identificaram com um programa radical de transformações sociais.
b) a aliança partidária entre os militares e as camadas médias urbanas propunha a reforma da Constitui-ção.
c) o movimento visava à derrubada do governo e ao estabelecimento da austeridade político-administrativa.
d) os tenentes propunham o estabelecimento do regime parlamentarista dirigido pelos elementos mais es-clarecidos da nação.
e) os militares eram portadores de uma ideologia industrializante claramente definida em seu programa de governo.

05. (FGV-SP) “Aliança (...) engloba parte de um eleitorado urbano – que representa porcentagem pequena no cômputo geral –, pequenas oposições estaduais e o situacionismo dos Estados do Rio Grande do Sul, Mi-nas Gerais e Paraíba: estas forças restritas participam das eleições de 1º de março de 1930 com margem mínima de vitória. Por sua vez, Washington Luís aglutina o apoio de todos os Estados – exceção aos da Alian-ça.”

O texto acima refere-se à união das oligarquias dissidentes cujos interesses não estavam vinculados ao ca-fé. A tal união deu-se o nome de:
a) Aliança Republicana.
b) Aliança Integracionista.
c) Aliança Renovadora Nacional.
d) Aliança Liberal.
e) Aliança Nacional Libertadora.

06. (Unificado-RS) “A escolha dos candidatos à sucessão presidencial funcionará como um estopim para a mais importante revolução da história republicana. (...) Os entendimentos políticos evoluíram no sentido de agruparem-se em torno de Getúlio Vargas as forças da oposição (...) Realizaram-se, contudo, as eleições e o resultado foi favorável a Júlio Prestes. Entretanto, vinte e dois dias antes de terminar o mandato de Washing-ton Luís, a revolução estava nas ruas.”

A que revolução o texto faz referência e quem assumiu a Presidência da República sucedendo a Washington Luís?

a) Revolução de 1930; Júlio Prestes.
b) Revolução de 1930; Getúlio Vargas.
c) Revolução de 1930; João Pessoa.
d) Revolução Constitucionalista de 1932; Júlio Prestes.
e) Revolução Constitucionalista de 1932; Getúlio Vargas.

07. (Vunesp-SP) “A fixação do ano de 1930 como um primeiro marco divisor da História do Brasil contem-porâneo tem a artificialidade implícita em qualquer periodização, mas se justifica por razões que se situam além da história política ou da simples tradição.”

Sintetize algumas razões dessa periodização historiográfica.



Texto

NÃO HOUVE UMA REVOLUÇÃO EM 1930

Antes de mais nada, desejo me manifestar sobre essa expressão Revolução de 30, que se generalizou no jornalismo, na retórica e até nas teses acadêmicas. É uma expressão da qual eu discordo, porque não creio que tenha havido em 30 uma revolução, no sentido científico da palavra, isto é, uma transformação tão pro-funda que atingisse a base econômica da sociedade, varrendo relações de produção e instaurando novas rela-ções de produção. Nem na esfera do Estado creio que tenha havido uma mudança tão radical quanto a derru-bada de uma classe dominante antiga e a ascensão de uma nova classe revolucionária ao poder.
Mas isso não significa que eu considere que 30 foi uma página em branco na História do Brasil. Verificou-se, naquele ano, um movimento político-militar que marca um período, um antes e um depois, e no bojo do qual surgiram tendências, cujo desenvolvimento nós presenciamos até hoje. Penso que o movimento político-militar de 30 cumpriu, em primeiro lugar, uma função destrutiva de grande importância. Apeou do poder do Estado os proprietários rurais, os cafeicultores que dominavam a Primeira República e que, pelo estilo de go-vernar e pela política econômica que imprimiam, já constituíam um estorvo ao desenvolvimento do país.
No seu lugar, ascende outro setor da classe dos proprietários rurais, uma composição de setores nos quais prevaleciam aqueles que tinham uma ligação maior, a meu ver, com o mercado interno e que, por isso, pude-ram mostrar-se mais sensíveis a um projeto de industrialização do país. Eles foram sendo ganhos para a in-dustrialização capitalista, à medida que a própria burguesia industrial ganhava força e influência no aparelho de Estado, porque, evidentemente, eu não compartilho a idéia de que a Revolução de 30 foi uma revolução burguesa.
Referindo-me, especificamente, às conseqüências da Revolução de 30, ou do movimento político-militar de 30, na organização do Estado brasileiro, eu acredito que se poderia sumariar essa influência da seguinte ma-neira:
Em primeiro lugar, me parece que o movimento político-militar de 30 deixou completamente intocado o campo, onde viviam, naquela época, cerca de 70% da população brasileira. Não se tocou nas oligarquias ru-rais, como aconteceu com as salvações do governo de Hermes da Fonseca. As oligarquias aliadas à Primeira República foram postas abaixo e vieram à tona novas oligarquias. Os tenentes se compuseram com as oligar-quias em todos os Estados. Nesse aspecto, então, o movimento não trouxe nada. Mas isso não significa que em outros aspectos ele não trouxe alguma coisa. Em primeiro lugar, a centralização autoritária. Não porque fosse uma ideologia dos próprios tenentes – e era de fato. Não porque o próprio Getúlio, com a sua formação positivista, castilhista e influenciado pelas idéias do fascismo italiano, tendesse para isso. Mas, porque as próprias exigências da época conduziram nesse sentido.

(Adaptado de: Jacob Gorender, Um Estado a serviço do capital, Folha de S.Paulo, 19/10/1980, Folhetim.)

a) Por que, segundo Gorender, não houve revolução em 1930?
b) Qual foi a principal função cumprida pelo movimento de 30?
c) Que grupo assumiu o poder então?
d) Que setor não foi tocado pelo movimento de 30?
e) Entre outras coisas, o que trouxe o movimento de 30?

CONTEÚDO PARA A REPOSIÇÃO DOS ALUNOS DO EJA Colégio Menino Jesus

A formação das Monarquias Nacionais e o Absolutismo
Introdução

A crise feudal, na Europa a partir dos séculos XIV e XV, propiciou o surgimento dos Estados-nações governados por poderosas monarquias nacionais, que em alguns casos assumiu o cunho absolutista, como a Franca, a Espanha, a Inglaterra, Portugal e a Rússia. Diante dessa situação, o papado romano foi forçado a estabelecer acordos com alguns reis, que ganharam o poder de nomear bispos e abades, em troca do apoio da Igreja em seus reinos.
A Igreja também difundiu a idéia de que todas as ações desses monarcas estavam de acordo com princípios divinos, reforçando a autoridade real.
Cada Estado Nacional que existe hoje no planeta nasceu em diferentes contextos históricos, e em um momento específico, isto é sob múltiplas influências externas e internas que são praticamente únicas e individuais. Os Estados Nacionais podem cumprir, no âmbito mundial em que estão inseridos funções diferentes. Não existe uma norma ou padrão que defina com toda precisão; “isto é um Estado Nacional” ou “esta é a sua função”. As funções se modificam ao longo do processo histórico.
A formação dos Estados Nacionais na Europa adotou processos diferentes, porém interagidos e conjugados entre si.
O Renascimento e a Reforma Protestante não existem para a Rússia na Inglaterra e na França eles devem ser computados entre os processos responsáveis pela geração dos Estados Nacionais; na Alemanha e na Itália, não favoreceram o surgimento do Estado Nacional apesar de a Alemanha ser a pátria de Lutero e a Itália, o berço do Renascimento.

As monarquias absolutas

O Estado Nacional é uma forma de representar as relações humanas e de incorporá-las a consciência social. Aspectos que estiveram ausentes na época medieval. Na verdade são Estados imperfeitos porque seus poderes foram limitados à medida que suas determinações não alcançaram o povo. Para a maioria dos camponeses franceses do século XVII, a Pátria é ainda a sua aldeia.
O Estado não é como o antigo senhor de quem o lavrador poderia receber, alguma proteção em troca de serviços, trabalho ou tributos. O Estado monárquico absolutista expõe sua face desagradável, através do funcionários burocratas, que tendo pago para adquirir o cargo, ou uma função pública, empenharam-se em recuperar rapidamente o investido e, a partir dai, lucrar deliberadamente.
Em função da capacidade de exercer a força para impedir o desenvolvimento das rebeliões, o Estado absolutista triunfou. Diversos segmentos sociais foram se acercando dessa nova consciência por diversos caminhos.
À medida que o processo de centralização do poder na pessoa de um rei todo-poderoso se efetivou, foram se criando condições propícias para o aparecimento de escritores e críticos, que desenvolveram teorias sobre a organização do Estado, formas de conduzi-lo e justificá-lo. Os principais representantes desse grupo foram: Nicolau Maquiavel, Jean Bodin, Hugo Grotius, Thomas Hobbes e Jacques Bossuet.
A monarquia nacional pôs fim ao particularismo político do regime feudal e representou a exigência de uma regulamentação jurídica para os conflitos que existiam. Esse Estado cuja evolução, em alguns casos, culminou no Estado absolutista continuou sendo a expressão da hegemonia da nobreza que através da reorganização estatal, reforçou sua dominação sobre a massa camponesa.
Os fatores que levaram à centralização do poder dos reis
A progressiva centralização do poder nas mãos dos reis levou à formação das monarquias nacionais, que mais tarde deram origem às modernas nações, governos e instituições nacionais.
É necessário frisar que a formação das monarquias nacionais foi um processo histórico muito mais amplo, que, em hipótese alguma, se limita apenas ao período de transição do Feudalismo ao Capitalismo. Somente a título de exemplo, vale lembrar que a consolidação dos Estados Nacionais italiano e alemão somente se completou na segunda metade do século XIX. É importante também observar que o aparecimento dos Estados Nacionais não significou a superação definitiva dos Estados Feudais, uma vez que isso só vai ocorrer após a Revolução Francesa (1789), com a derrubada do absolutismo.
De um modo geral, diversos fatores contribuíram para a formação dos Estados Nacionais, a medida que se acentuava a decadência do sistema feudal. Dentre eles, podemos apontar:

• Insurreições camponesas - Geram um clima de insegurança na nobreza, que contribui para demonstrar a necessidade de um exército real forte que os domine.

• Insurreições urbanas - Criam uma situação favorável à arbitragem do rei que as utilizará, muitas vezes, para reduzir o poder da nobreza e cooptar a burguesia.

• Desenvolvimento do comércio - Provoca a emergência de uma nova classe que tem necessidade de que os particularismos feudais sejam superados para que o comércio se expanda. A unificação da moeda, o desenvolvimento dos transportes e comunicações, e uma política de expansão são necessidades que só um poder centralizado pode atender. Assim, o rei contara com o apoio da burguesia

• Guerras - As guerras tiveram especial importância pois exigiam disciplina e comando centralizado. As guerras mais importantes foram: da Reconquista Cristã, dos Cem Anos, das Duas Rosas.

O processo de formação do Estado Nacional moderno acabou por concentrar nas mãos do rei todos os mecanismos de governo, fazendo com que a nação se identificasse com a Coroa: é essa identificação que chamamos de absolutismo. Diversos fatores contribuíram para o fortalecimento do poder real, permitindo a sua evolução para o absolutismo:
• Expansão marítima e comercial - A política colonial e comercial fornece ao rei recursos necessários para o crescimento dos exércitos e a formação de uma burocracia.

• Reforma Protestante - A diminuição do poder da Igreja Católica, ocorrida após os movimentos reformistas contribuiu para o fortalecimento do poder real, aumentando, entretanto, os recursos do Estado.

• Exploração das colônias - Os Estados colonizadores obtiveram um forte recurso econômico, a medida que retiravam de suas colônias produtos lucrativos e de fácil aceitação no mercado europeu.

Teoria sobre a origem e natureza do poder dos reis
Em decorrência da centralização do poder real e da unificação, a maioria dos Estados europeus caminhou no sentido das monarquias absolutas. Entre os séculos XVI e XVII, surgiram inúmeros filósofos justificando o absolutismo como o sistema político ideal. Tudo indica que a sociedade, ao passar do Feudalismo descentralizado, rural e de subsistência, para a centralização do poder, muitos só admitiram o progresso através de um Estado fortemente centrado no rei.

Teorias baseadas no contrato entre os homens e o rei
• Nicolau Maquiavel (1469- 1527 - foi escritor, diplomata, e pensador político, nascido e falecido em Florença): Suas idéias políticas encontram-se principalmente em O Príncipe e Discursos sobre Tito Lívio. Combateu o governo limitado e a Ética na política. Acreditava que, em política, só se devem ter em mente os fins a atingir, sem se deixar dominar por preconceitos de ordem moral, ("O fim justifica os meios"). Dizia que "mais vale ser temido do que amado". Só via nos homens cinismo, ambição, egoísmo e interesses pessoais. Descrevia o Estado, não de acordo com algum elevado ideal, mas como na realidade era em seu tempo.

• Thomas Hobbes (1588-1697 - foi um matemático, teórico político, e filósofo inglês): Autor de Leviatã. Filósofo racionalista, considerava a política como ciência. Hobbes também concebe um Estado soberano, levando ainda mais longe a idéia de soberania pois, para ele, esta não tem qualquer limite. Isso porque o Estado, esse grande Leviatã (monstro), foi criado pelos homens sob duplo impulso: das paixões e da razão.

Dizia que os homens viviam originalmente em estado natural sem se sujeitarem a nenhuma lei vivendo. portanto, no caos. Terminaram por formar uma sociedade civil e firmaram um contrato, no qual cediam todos os seus direitos a um soberano suficientemente forte pare protegê-los. Diz, ainda, que é lícito ao rei governar despoticamente não porque tenha sido escolhido por Deus, mas porque o povo lhe deu o poder absoluto.

• Hugo Grotius (1583-1645 - foi um jurista a serviço da República dos Países Baixos. Foi também filósofo, dramaturgo e poeta): É autor de Do Direito da Paz e da Guerra. Não admitia poder existir ordem sem que fosse dado plenos poderes ao governante.

• Jean Bodin (1530-1569 - foi um jurista francês, membro do Parlamento de Paris e professor de Direito em Toulouse): Em A República, dizia que o poder do Estado é ilimitado, estando sujeito apenas às leis divinas. "A autoridade do príncipe vem de Deus e a obrigação suprema do povo é a obediência passiva "

• Le Bret: Autor de Tratado da Soberania dos Reis. Dizia que as ordens do rei tinham que ser acatadas, mesmo quando injustas, pois ele (o rei) recebeu seus poderes diretamente de Deus.

• Bossuet (1627-1704 - foi um bispo e teólogo francês): Autor de Política Segundo a Sagrada Escritura. Para ele, os princípios da política estão contidos na Bíblia. A autoridade real possui quatro características: Sagrada (representante de Deus na terra), paternal, absoluta (e não, arbitraria) e submissão a razão (e não, paixão). Afirmou que "como não há poder público sem vontade de Deus, todo governo, seja qual for sua origem, justo ou injusto, pacifico ou violento, é legitimo. Todo depositário da autoridade, seja qual for, é sagrado. Revoltar-se contra ele é cometer um sacrilégio.