segunda-feira, 5 de maio de 2008

FENÍCIOS


A vocação marítima e comercial

De um lado, o mar, de outro, as montanhas. Essa era a situação da Fenícia, localizada em região desfavorável ao desenvolvimento agrícola ou pastoril. Sem outra alternativa, os fenícios lançaram-se à navegação marítima e estabeleceram relações comerciais com os povos vizinhos.

Terra de marinheiros e comerciantes, a Fenícia desenvolveu uma civilização marítimo-mercantil a partir do 2° milênio a.C. Civilização que nos legou uma das mais geniais invenções da comunicação humana: o alfabeto.

Organização política e social

A Fenícia era formada por cidades autônomas (cidades-Estado), isto é, cada uma tinha um governo próprio, comandado por um rei, cujo título era transmitido hereditariamente. Dentre as cidades destacaram-se: Biblos, Sidon, Tiro e Ugarit.

O rei não possuía autoridade absoluta e governava com o apoio de sacerdotes, comerciantes e membros do conselho de anciãs, do qual destacavam-se os magistrados, denominados sufetas.

Na maioria das cidades fenícias, a escala social era formada de:

- Empresários: comerciantes marítimos, donos de oficinas de artesanato, negociantes de escravos;

- Funcionários do governo e sacerdotes: constituem a classe dominante;

- Pequenos proprietários e trabalhadores livres: artesãos, pescadores, camponeses, marinheiros;

- Escravos domesticados e marinheiros pobres: a parcela social mais oprimida. Eram freqüentes as lutas pela disputa dos mercados comerciais entre as cidades fenícias, mas nenhuma era suficientemente forte para impor completo domínio às demais. Entretanto, de tempos em tempos, uma cidade destacava-se sobre as outras.

Entre os séculos X e VIII a.C., Tiro tornou-se a cidade mais importante pelo acúmulo de riquezas, como ouro, marfim, pedras preciosas, perfumes, tapetes etc. nesse período, a Fenícia viveu seu maior desenvolvimento.

A partir do século VIII a.C., a Fenícia (com exceção de Tiro) foi dominada por diversos povos. Primeiro foram os Assírios, depois, os neobabilônicos e os persas. Por fim, em 332 a.C., foi totalmente conquistada por Alexandre Magno, Imperador da Macedônia.

Economia

O comércio marítimo era a principal atividade econômica dos fenícios, que desenvolveram a navegação de longa distância, tornando-se os maiores navegadores da Antiguidade.

Exportavam produtos artesanais fabricados em suas oficinas, que se dedicavam à metalurgia (armas de bronze e ferro, jóias de ouro e de prata, estátuas religiosas), à a fabricação de vidros coloridos e à produção de tintura de tecidos. Importavam, de várias regiões, marfim, metais, perfumes, pedras preciosas, cavalos e cereais. A cidade de Tiro dedicava-se também ao comércio de escravos, adquirindo prisioneiros de guerra e vendendo-os a soberanos do Oriente.

Expandindo as atividades comerciais, os fenícios fundaram diversas colônias, que serviam de entreposto mercantil, em lugares como Chipre, Sicília, Sardenha, Sul da Espanha e Norte da África, onde se destacou a colônia de Cartago.

Cultura

A principal contribuição cultural dos fenícios foi o alfabeto, criado devido à necessidade de um meio prático que auxiliasse as transações comerciais com os diferentes povos. Com o alfabeto fenício, a escrita foi deixando de ser privilégio de uma minoria de especialistas para chegar ao alcance de um grupo cada vez mais amplo de pessoas, principalmente comerciantes.

O alfabeto fenício era composto por 22 sinais, sendo, mais tarde, aperfeiçoado pelos gregos, que lhes acrescentaram outras letras. Do alfabeto fenício surgiram, mais tarde, os alfabetos grego, latino, árabe, hebraico e indiano.

2 comentários:

Anônimo disse...

muito bom o assunto! gostei muito ;)

Anônimo disse...

isso e muito bom para o nosso dia a dia gostei muito disso