quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Aos alunos do 2º ANO do Menino Jesus

Nossa aula no 2º ano do CMJ foi quase uma revisão do período de transição entre o FEUDALISMO e o CAPITALISMO. Vimos as principais questões que levaram para um caminho sem volta, o fim do feudalismo, o sistema feudal não resistiu a tantos problemas.

Era um investimento que valia a pena, quando os europeus faziam viagens para o Oriente (Chinda, Índia, Arábia etc.) e de lá traziam especiarias (nós moscada, pimenta do reino, temperos, tecidos e etc.) essas viagens eram lucrativas apesar da distância. Porém, como foi comentado em sala de aula, a crise chegou, a distância tornou-se um grande obstáculo para esses investimentos.

Além disso os senhores feudais haviam gasto muito dinheiro com as Cruzadas e sem retorno, isso veio como conseqüência de pouco investimento em agricultura e em técnicas de trabalho que viessem a facilitar o trabalho rural.

Tudo isso num período em que a população européia cresceu muito, ora, se você tem uma população crescente e uma agricultura decadente, obviamente que a conseqüência é a FOME, principalmente nas classes trabalhadoras.

Para fechar nosso comentário sobre esse tema a Europa ainda encarou uma doença terrível, a PESTE NEGRA, vimos os sintomas e o modo de transmissão dessa doença, esse mal acabou com a vida de um terço da população européia, lembrando que as vítimas estavam em qualquer classe social, assim morreram reis, príncipes, nobres e trabalhadores comuns. A doença espalhava-se com facilidade devido a falta de higiene nas cidades européias, naquela época.

SEGUE ABAIXO O TEXTO COMPLETO APLICADO NA AULA DO DIA 19/02/2008.

OBS.: o texto abaixo foi resumido para os alunos.

Depois de um período de prosperidade, a economia da Europa Ocidental passou por uma crise ao longo dos séculos XIV e XV.

O comércio europeu entrou em decadência em função das dificuldades em obter os produtos orientais, que chegavam à Europa com preço muito elevado, principalmente devido a distância entre o Oriente (China, Índia e Arábia) e o Ocidente (Europa). Havia também uma produção de alimentos insuficiente para a população da época, que havia crescido muito nos tempos de prosperidade, ou seja, FOME era um outro problema na Europa naquela época.

Juntamente com a crise econômica, ocorreram revoltas urbanas, pois os artesãos pobres ganhavam pouco e passavam fome.

Os camponeses rebelaram-se contra a nobreza feudal, promovendo as chamadas jacqueries – nome dado aos movimentos sociais e rurais franceses.

PESTE NEGRA

Meados do século XIV foi uma época marcada por muita dor, sofrimento e mortes na Europa. A Peste Bubônica, que foi apelidada pelo povo de Peste Negra, matou cerca de um terço da população européia. A doença mortal não escolhia vítimas. Reis, príncipes, senhores feudais, artesãos, servos, padres entre outros foram pegos pela peste.

A peste espalha a morte pela Europa

Nos porões dos navios de comércio, que vinham do Oriente, entre os anos de 1346 e 1352, chegavam milhares de ratos. Estes roedores encontraram nas cidades européias um ambiente favorável, pois estas possuíam condições precárias de higiene. O esgoto corria a céu aberto e o lixo acumulava-se nas ruas. Rapidamente a população de ratos aumentou significativamente.

Estes ratos estavam contaminados com a bactéria Pasteurella Pestis. E as pulgas destes roedores transmitiam a bactéria aos homens através da picada. Os ratos também morriam da doença e, quando isto acontecia, as pulgas passavam rapidamente para os humanos para obterem seu alimento, o sangue.

Após adquirir a doença, a pessoa começava a apresentar vários sintomas: primeiro apareciam nas axilas, virilhas e pescoço vários bubos (bolhas) de pus e sangue. Em seguida, vinham os vômitos e febre alta. Era questão de dias para os doentes morrerem, pois não havia cura para a doença e a medicina era pouco desenvolvida. Vale lembrar que, para piorar a situação, a Igreja Católica opunha-se ao desenvolvimento científico e farmacológico. Os poucos que tentavam desenvolver remédios eram perseguidos e condenados à morte, acusados de bruxaria. A doença foi identificada e estudada séculos depois desta epidemia.

Relatos da época mostram que a doença foi tão grave e fez tantas vítimas que faltavam caixões e espaços nos cemitérios para enterrar os mortos. Os mais pobres eram enterrados em valas comuns, apenas enrolados em panos.

O preconceito com a doença era tão grande que os doentes eram, muitas vezes, abandonados, pela própria família, nas florestas ou em locais afastados. A doença foi sendo controlada no final do século XIV, com a adoção de medidas higiênicas nas cidades medievais.

Revoltas Camponesas

Com a morte de boa parte dos servos, muitos senhores feudais aumentaram as obrigações, fazendo os camponeses trabalharem e pagarem impostos pelos que haviam morrido. Como a exploração sobre os servos já era exagerada, em muitos feudos, principalmente na França e Inglaterra, ocorreram revoltas camponesas. Estes, chegaram a invadir e saquear castelos, assassinando os senhores feudais e outros nobres. Os senhores feudais que conseguiram sobreviver não ficaram inertes aos movimentos de revolta. Organizaram exércitos fortes e combateram com violência as revoltas. Porém, em muitas regiões da Europa, os camponeses obtiveram conquistas importantes, conseguindo diminuir as obrigações servis.

http://www.suapesquisa.com/idademedia/peste_negra.htm

Um comentário:

Anônimo disse...

Ah tá, agora entendi o que vc quis dizer. Vlw.. até as aulas!