quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Aos alunos do 1º ano do Colégio Menino Jesus.


Em nossa aula do dia 19 de fevereiro discutimos sobre alguns conceitos de História. Foi uma aula interessante com vários exemplos de aplicação prática da História, afinal essa ciência, muitas vezes chamada de “a ciência das ciências”, está presente em praticamente todas as áreas do conhecimento.

Vimos que uma das funções da História é fazer o link, a ligação, entre passado e presente, além disso também acredito que entendemos que a “escrita” da História é, e será sempre, influenciada pelo momento que esta “escrita” se desenvolve, os conceitos e opiniões do pesquisador devem estar sempre abertos a novas opiniões, não podemos viver de conceitos prontos e acabados (definitivos), NÃO. Quanto mais opiniões, sugestões e críticas sobre nossas pesquisas em história, mais ricas tornam-se essas pesquisas.

Ainda trabalhamos sobre as FONTES HISTÓRICAS, pois sabemos que todo pesquisador precisa de fontes para dar sustentação aos seus estudos. Cada vez aumenta mais a compreensão das fontes não escritas, falamos em sala de aula sobre “ler” uma fotografia, uma pintura, uma música, um estilo de roupa entre outras.

Destaca-se também o desenvolvimento e a compreensão cada vez mais aceita pelos pesquisadores do mundo inteiro da HISTÓRIA ORAL, o conhecimento mais antigo desenvolvido nas civilizações passadas, eram, e em muitos casos ainda são transmitidos de maneira informal, ou seja, sem uma ordem específica ou uma sistematização desses conhecimentos, assim lembramos daquelas “estórias” ou lendas que nossos avós nos contavam, ou contam até hoje, e eles aprenderam já com seus pais e etc. Pois é, hoje essas pessoas são uma fonte de pesquisa HISTÓRICA.

Aguardo a visita e os comentários dos amigos do 1º ano do Colégio Menino Jesus, e obviamente de qualquer pessoa que goste de história e por acado visitarem nosso novo espaço.

SEGUE ABAIXO O TEXTO APLICADO EM SALA DE AULA DIA 19/02/08

A compreensão das relações entre passado e presente é uma das mais intrigantes questões da história. Na opinião de vários pesquisadores quem escreve a história não pode ser isolado de sua época, ou seja, o historiador vive o seu tempo, e assim a história escrita por ele sofre as influências da conjuntura onde está inserido.

Segundo Eduardo D’Oliveira França, “o historiador trabalha para seu tempo, e não para a eternidade”. Esta afirmação diz que as conclusões do historiador nunca são definitivas. Dessa forma a historiografia não deve ter a pretensão de fixar verdades absolutas, prontas e acabadas, pois a história, como forma de conhecimento, é uma atividade contínua de pesquisa. Historien em grego antigo é “procurar saber”, “informar-se”. História significa, pois, “procurar”. Jacques Lê Goff. História e memória. 1996.

O historiador investiga e interpreta as ações humanas que, ao longo do tempo, provocaram mudanças e continuidade em vários aspectos da vida pública ou provada: na economia, nas artes, na política, no pensamento, nas formas de ver e sentir o mundo. O trabalho do historiador consiste em perceber e compreender esse processo histórico.

FONTES HISTÓRICAS

Durante as pesquisas os historiadores utilizam variadas fontes, onde podem conseguir informações dos seres humanos com o passar do tempo.

Existem vários tipos de fontes históricas, (fontes escritas ou não-escritas).

* Fontes escritas são registros em forma de inscrições, cartas, letras de música, livros, jornais, revistas e documentos públicos, entre outros.

* Fontes não-escritas registros que utilizam linguagens diferentes da escrita, tais como pinturas, esculturas, vestimentas, armas, músicas, filmes, fotografias, utensílios. E ainda temos os depoimentos de pessoas como uma fonte histórica muito importante, hoje chamada de história oral.

Até recentemente, os historiadores utilizavam principalmente as fontes escritas para fundamentar suas pesquisas. Hoje com as novas tecnologias: televisão, rádio, cinema, computador, internet. Os historiadores podem consultar grande variedade de fontes não-escritas.

COTRIM, Gilberto. HISTÓRIA GLOBAL. São Paulo; Saraiva, 2006

Um comentário:

Anônimo disse...

quero saber mais sobre,o por que que as conclusoes dos historiadores nao podem ser absolutas nem definitivas.